Data: 29-06-2012
Criterio:
Avaliador: Pablo Viany Prieto
Revisor: Tainan Messina
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG:
Especialista(s):
Justificativa
Butia paraguayensis apresenta uma distribuição geográfica relativamente ampla, abrangendo parte dos domínios da Mata Atlântica e do Cerrado nas regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste.
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Butia paraguayensis (Barb.Rodr.) Bailey;
Família: Arecaceae
Sinônimos:
Espécie descrita na obra Gentes Herb. 4: 47. 1936. Conhecida popularmente como "butiá", "butiá-do-cerrado", "butiazeiro-do-cerrado", "coco-amargoso" e "coco-vassoura" (Lorenzi et al., 2010).
Durigan et al. (2002) realizaram estudo de caracterização do estrato arbóreo e inferior e em área de cerrado no município de Brotas, SP. A espécie apresentou DA de 40 indivíduos por hectare no estrato inferior (altura<50 cm e diâmetro inferior a 5 cm) e uma área amostral de 500 m². Marchiori (2002 apud Trindade, 2003) afirma que os campos de areia caracterizam-se pela presença típica da espécie, principalmente em São Francisco de Assis, Manoel Viana e Alegrete, no Sudoeste do Rio Grande do Sul.
No Brasil, a espécie ocorre em Cerrado, nos Estados do Mato Grosso do Sul, Minas Gerias, São Paulo e Paraná (Leitman et al., 2012). A espécie ocorre no Estado Rio Grande do Sul (Trindade, 2003; Trindade et al., 2008; Lorenzi et al., 2010; Bauermann et al., 2010). No entanto Soares; Longhi (2011) mencionam que a ocorrência da espécie no estado é duvidosa pois até alguns anos atrás Butia lallemantii e Butia paraguayensis eram consideradas a mesma espécie, conhecidas pelo segundo nome e, desde que foram separadas, subpopulações naturais de Butia paraguayensis não foram confirmadas no Estado.
Palmeira de caule solitário, ereto, de 0,5-3 m por 10-20 cm. Frutifica na primavera e verão e suas sementes demoram mais de quatro meses para germinar (Lorenzi et al., 2010).
8.2 Predator
Detalhes
Segundo Lorenzi et al. (2010) as sementes coletadas no campo habitualmente apresentam predação por insetos.
1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: A espécie foi considerada "Em Perigo" (EN) na Lista vermelha da flora do Paraná (SEMA/GTZ-PR, 1995) e na Lista vermelha da flora do Rio Grande do Sul (CONSEMA-RS, 2002).
5.7.1 Captive breeding/Artificial propagation
Situação: on going
Observações: A espécie é cultivada no Jardim Botânico Plantarum (Instituto Plantarum, 2011).
- LEITMAN, P.; HENDERSON, A.; NOBLICK, L. ET AL. Arecaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/>. Acesso em: 13 março 2012.
- LORENZI, H.; NOBLICK, L.; KAHN, F. ET AL. Flora Brasileira - Arecaceae (Palmeiras). Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2010. 384 p.
- INSTITUTO PLANTARUM. Acervo Vivo: Jardim Botânico Plantarum. Disponivel em: <http://www.plantarum.org.br/jardim-botanico>. Acesso em: 13 de Março de 2012.
- SOARES, K. P.; LONGHI, S. J. Uma Nova Espécie de Butia (Becc.) Becc. (Arecaceae) para o Rio Grande do Sul, Brasil. Ciência Florestal, v. 21, n. 2, p. 203-208, 2011.
- TRINDADE, J. P. P.; QUADROS, F. L. F.; PILLAR, V. D. Vegetação Campestre de Areais do Sudoeste do Rio Grande do Sul sob Pastejo e com Exclusão do Pastejo. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 43, n. 6, p. 771-779, 2008.
- RASBOLD, G. G.; MONTEIRO, M. R.; PAROLIN, M. ET AL. Caracterização dos Tipos Morfológicos de Fitólitos Presentes em Butia paraguayensis (Barb. Rodr.) L. H. Bailey (Arecaceae). Iheringia, v. 66, n. 2, p. 265-270, 2011.
- LUCIANA SATIKO ARASATO. Contribuição da Modelagem Espacial para o Estudo de Palmeiras: A Euterpe edulis mart. na Mata Atlântica e a Famíilia Arecaceae no Brasil. Dissertação de Mestrado. São José dos Campos, SP: Instituto Nacional de Pesquisas Espacias, INPE, 2011.
- BAUERMANN, S. G.; EVALDT, A. C. P.; ZANCHIN, J. R. ET AL. Diferenciação Polínica de Butia, Euterpe, Geonoma, Syagrus e Thritrinax e Implicações Paleoecológicas de Arecaceae para o Rio Grande do Sul. Iheringia, v. 65, n. 1, p. 35-46, 2010.
- JOSÉ PEDRO PEREIRA TRINDADE. Processos de Degradação e Regeneração da Vegetação Campestre do Entorno de Areais do Sudoeste do Rio Grande do Sul. Tese de Doutorado. Porto Alegre, RS: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2003.
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- CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE, RIO GRANDE DO SUL. Decreto estadual CONSEMA n. 42.099 de 31 de dezembro de 2002. Declara as espécies da flora nativa ameaçadas de extinção no estado do Rio Grande do Sul e da outras providências, Palácio Piratini, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 31 dez. 2002, 2002.
- SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE/DEUTSCHE GESSELLSCHAFT TECHNISCHE ZUSAMMENARBEIT (SEMA/GTZ). Lista Vermelha de Plantas Ameaçadas de Extinção no Estado do Paraná, Curitiba, PR, p.139, 1995.
CNCFlora. Butia paraguayensis in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Butia paraguayensis
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 29/06/2012 - 16:30:33